terça-feira, 23 de março de 2010

A mão Invisível vs Igualdade Social

Senhoras e senhores!!! No corner esquerdo, Adam Smith, economista e filósofo escocês, pai do pensamento econômico e da filosofia capitalista... No corner direito Karl Marx, intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista...
PREPARADOS?
FIGHT!!!
Em uma época onde se comenta tanto sobre desenvolvimento econômico (que nada mais é do que diminuir as diferenças sociais entre as classes), parei pra pensar no início dessas idéias todas, daí me deparei com esses dois figuras ai em cima, Smith e Marx.
Só pra acompanhar o raciocínio, vamos dar uma pincelada bem superficial no pensamento deles.
Smith acreditava no que chamava de “A mão invisível” (não, ele não era médium rsr) ou seja, a iniciativa privada deveria agir livremente, sem interferência governamental. Difícil entender? Vou explicar melhor. Ele acreditava que o estado não precisava interferir, as próprias pessoas interessadas nas relações de compra e venda eram auto-suficientes para regular o mercado. Se eu quero comprar e você quer vender, nada mais justo que estabelecermos entre nós mesmos nossos termos e pronto, sem a interferência de ninguém, nenhuma lei e/ou regulamentação pública, certo? A primeira vista sim, mas Marx veio colocar uma pimentinha no assunto.
Marx foi um pouco mais pra trás, e imaginou a produção dos bens para a população. Para se produzir alguma coisa, era preciso recursos, ou como ele chamou meios de produção. Porém, na sociedade, nem todos possuem esses meios de produção. Aqueles que não os possuem, o proletariado, tinham de trabalhar para a burguesia, que os detinham. O problema é que quando se produzia mais riqueza, ela ficava apenas com a burguesia, o que Marx chamou de “mais valia”. É como se você fosse contratado para fazer escovas de dentes por R$ 800,00 por mês. Vamos supor que no primeiro mês você produziu 3000 escovas. Você receberá R$ 800,00. Agora imagine no segundo mês você adquirindo mais prática e produzindo 5000 escova. Você receberá R$ 800,00!!! Percebe? A diferença de riqueza gerada pelo aumento de 2000 escovas vendidas a mais ficou apenas com seu patrão, isso é a mais valia de Marx.
Agora quando imaginamos uma sociedade onde as empresas, empregados e consumidores se auto-regulam, como Smith imaginou, como garantir que essa taxa de exploração sobre o proletariado não atinja níveis estratosféricos? Por outro lado, controle total impediria o mercado de crescer... e agora o que fazer? Quem vence esse embate? Socorro, Popeye, salve-me!!!
O que tem sido feito na maior parte das economias de primeiro mundo, é erguer o braço de Smith e declarar a vitória. Sob essa ótima, desenvolvimento econômico torna-se uma utopia quase inatingível.
Porém, algumas alternativas estão sendo buscadas no sentido de encontrar o equilíbrio, que seria o mais viável para todos. Um exemplo são empresas que estipulam participação nos lucros e resultados para seus funcionários. Até mesmo o PNQ (prêmio nacional da qualidade) já avalia isso como ponto positivo no quesito gestão de pessoas. No final das contas, parece que o ideal partidário do futuro não será nem socialista, nem capitalista, mas humanitário.
Smith X Marx = empate técnico

Um comentário:

  1. Nossa o que dizer desse amigo, meu você e simplesmente sensacional deu uma aula de economia agora...kkkkk melhor que a profª .....Quanta inteligência.....parabéns Wagnão seu blog cada dia que passa está melhor..... beijos

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