sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dia nacional das mulheres

Hoje é o dia nacional das mulheres!!!

Parabens a todas!!!
Mãe, filha, namorada.... amo vocês!!!

rsrr
post simplinho...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ensaie seus passinhos...

Ensaie seus passinhos...

A bailarina sente-se cansada, mas dança...
Desequilibra-se, e continua a dançar...
Erra, erra, até acertar
Recebe vaias, desaprovações, ganha um tomate na cara, mas nem por isso para...
Desafia a física, a gravidade
Desafia o impossível, o improvável e continua a dançar
Salta no sonho, aterrissa na realidade e se equilibra entre os dois em perfeita sincronia
Vive do amor que nutre pela paixão que é dançar, se preocupa em ser, não em ter
E no meio de tudo isso, ela sorri
Porque o importante para ela, não é ser bem sucedida, ganhar ou perder
Mas somente o simples ato de dançar

Por isso, na vida, ensaie seus passinhos...

dia 29/04 - dia internacional da dança

sábado, 27 de março de 2010

Decido, logo existo!

Em minhas andanças e conversas por ai, deparei-me com um assunto deveras interessante: decisões. É inegável o fato que para vivermos temos que decidir o tempo todo. Das pequenas como o que almoçar até as maiores como que curso escolher, elas estão presentes o tempo todo na nossa vida e com o passar dos anos, conforme vamos conquistando maior independência, elas se acentuam, pesam mais sobre nossos ombros.
A origem da palavra decisão está no verbo latino caedere que significa “cortar”. Vale lembrar a famosa história do rei Salomão. Permita-me contar-lhe, caro leitor.
Conta-se que certa vez duas mulheres em discórdia dirigiram-se a corte do rei Salomão. O motivo do “barraco” era uma criança, que ambas as mulheres diziam ser sua. O rei Salomão não pensou duas vezes, pediu que um guarda cortasse a criança no meio e entregasse uma metade pra cada mulher. Nesse momento a mãe verdadeira disse que não, que nesses termos poderia entregar a criança pra outra. Nesse momento Salomão descobriu quem era a mãe verdadeira.
Enfim, decisão é o ato de escolher, dentre várias alternativas, a mais adequada, ou que lhe parecer assim, ou seja, cortar a “fatia” que se deseja pegar para si... ou algum sentido parecido que por mais que tente não consigo expressar.
É obvio, mas necessário lembrar, que cada decisão que tomamos nos traz consequências, boas ou ruins, que nos afetarão em um futuro próximo. Isso porque cada decisão implica em não decidir outra coisa, ou seja, implica em abrir mão de uma possibilidade e/ou oportunidade, além do que nossas decisões alteram nossa realidade, mudam o que está ao nosso redor e a nós mesmos. O diagrama abaixo mostra resumidamente como isso funciona:

Como visto no diagrama, fica difícil escolher entre várias alternativas, porque são inúmeras as possibilidades, e ao escolhermos uma, criamos uma expectativa quanto ao futuro, ou seja, desejamos que aconteça de uma certa forma. Porém é difícil prever como nossas alternativas se comportaram e algumas decisões são muito importantes para serem tomadas assim, empiricamente. Para certas coisas não podemos simplesmente tirar um cara ou coroa e pronto.
Existem diversas literaturas que ilustram o processo decisório, tais como Kendel e Kendel, Simon, Antony R.N, Freitas, etc. Não tenho a pretensão de discuti-las aqui e sim pensar numa forma de diminuir essa incerteza na hora de tomar decisões no cotidiano. Sendo assim, o processo decisório pode ser dividido em quatro etapas:
- Receber Informações: onde você recebe as informações que lhe ajudarão a decidir. Pode ser tudo, conselhos, relatórios, dicas em revistas, conhecimentos gerais, não importa. Tudo que lhe traga subsídios para decidir na forma de informações. O que é muito comum é tomarmos decisões sem ter informações suficientes, ou ainda com informações somente do problema em si e não de suas causas. Entender o que gerou algo as vezes é metade do caminho pra tomar uma decisão mais correta. Conselho: se não tem informações suficientes, arrume. Se precisar investir seu dinheiro, por exemplo, procure um analista de investimento, ou leia sobre o assunto; se precisa decidir algo que envolva escolhas pessoais, peça conselhos pra alguém que se importa de verdade com você e que te conheça; enfim, só passe pra próxima etapa com um mínimo de informações;

- Analisar informações: aqui as informações são processadas visando gerar conclusões. Nessa etapa que imaginamos as possíveis alternativas, quais caminhos podemos tomar, etc. O diagrama de ishikawa, ou “espinha de peixe” ajuda bastante nessa etapa:
Pode-se usar ainda diversas matrizes de priorização como a Básico, mas muito mais voltado pro mundo corporativo. O que é muito comum nessa etapa é enxergarmos apenas o que queremos ver. Não imaginamos alternativas que não nos agradam, simplesmente porque não queremos imaginá-las. Isso porque enxergamos o mundo através de poderosos filtros que criamos. Dica: procure ser imparcial, Nietzche chamava isso de visão espacial, é como se você pudesse sair do seu corpo e imaginar a situação se não fizesse parte dela;

- Confrontar possibilidades VS valores éticos: aqui rola três perguntas: eu quero? Eu posso? Eu devo?. Ou seja, aqui é onde decidimos das alternativas pensadas, quais estão de acordo com nossos valores. Por exemplo, pra resolver uma dívida, talvez não esteja disposto a trabalhar de barman, porque não tolera bebidas, nesse caso essa alternativa vai contra um valor seu, e novamente você terá de tomar outra decisão de manter ou não seu valor. Dica: preste atenção na hierarquia de seus valores, alguns são mais importantes que outros, se tiver que quebrar um não tão importante tudo bem, mas os prioritários geralmente tem muito haver com o que você é de fato;
- Escolher a melhor alternativa: sem segredo essa etapa, baseado em tudo que já viu nas etapas anteriores, basta escolher. Se você é muito indeciso, dê notas e vá ajustando-as. Não esqueça de levar em consideração as causas também e é claro, de considerar sempre seus valores.
Espero ter acrescentado alguma coisa de interessante!!! Na dúvida, decidam. Como diria o velho Henley, em uma tempestade, há quem reclame do vento, quem se acostume com o vento e há aqueles que ajustem as velas. Eu prefiro estar entre os que ajustam as velas.
Até
E agora? Vodka ou cuba?... ahhh sim... com gelo e limão é claro!!!

terça-feira, 23 de março de 2010

A mão Invisível vs Igualdade Social

Senhoras e senhores!!! No corner esquerdo, Adam Smith, economista e filósofo escocês, pai do pensamento econômico e da filosofia capitalista... No corner direito Karl Marx, intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista...
PREPARADOS?
FIGHT!!!
Em uma época onde se comenta tanto sobre desenvolvimento econômico (que nada mais é do que diminuir as diferenças sociais entre as classes), parei pra pensar no início dessas idéias todas, daí me deparei com esses dois figuras ai em cima, Smith e Marx.
Só pra acompanhar o raciocínio, vamos dar uma pincelada bem superficial no pensamento deles.
Smith acreditava no que chamava de “A mão invisível” (não, ele não era médium rsr) ou seja, a iniciativa privada deveria agir livremente, sem interferência governamental. Difícil entender? Vou explicar melhor. Ele acreditava que o estado não precisava interferir, as próprias pessoas interessadas nas relações de compra e venda eram auto-suficientes para regular o mercado. Se eu quero comprar e você quer vender, nada mais justo que estabelecermos entre nós mesmos nossos termos e pronto, sem a interferência de ninguém, nenhuma lei e/ou regulamentação pública, certo? A primeira vista sim, mas Marx veio colocar uma pimentinha no assunto.
Marx foi um pouco mais pra trás, e imaginou a produção dos bens para a população. Para se produzir alguma coisa, era preciso recursos, ou como ele chamou meios de produção. Porém, na sociedade, nem todos possuem esses meios de produção. Aqueles que não os possuem, o proletariado, tinham de trabalhar para a burguesia, que os detinham. O problema é que quando se produzia mais riqueza, ela ficava apenas com a burguesia, o que Marx chamou de “mais valia”. É como se você fosse contratado para fazer escovas de dentes por R$ 800,00 por mês. Vamos supor que no primeiro mês você produziu 3000 escovas. Você receberá R$ 800,00. Agora imagine no segundo mês você adquirindo mais prática e produzindo 5000 escova. Você receberá R$ 800,00!!! Percebe? A diferença de riqueza gerada pelo aumento de 2000 escovas vendidas a mais ficou apenas com seu patrão, isso é a mais valia de Marx.
Agora quando imaginamos uma sociedade onde as empresas, empregados e consumidores se auto-regulam, como Smith imaginou, como garantir que essa taxa de exploração sobre o proletariado não atinja níveis estratosféricos? Por outro lado, controle total impediria o mercado de crescer... e agora o que fazer? Quem vence esse embate? Socorro, Popeye, salve-me!!!
O que tem sido feito na maior parte das economias de primeiro mundo, é erguer o braço de Smith e declarar a vitória. Sob essa ótima, desenvolvimento econômico torna-se uma utopia quase inatingível.
Porém, algumas alternativas estão sendo buscadas no sentido de encontrar o equilíbrio, que seria o mais viável para todos. Um exemplo são empresas que estipulam participação nos lucros e resultados para seus funcionários. Até mesmo o PNQ (prêmio nacional da qualidade) já avalia isso como ponto positivo no quesito gestão de pessoas. No final das contas, parece que o ideal partidário do futuro não será nem socialista, nem capitalista, mas humanitário.
Smith X Marx = empate técnico

quinta-feira, 11 de março de 2010

Sobre narizes vermelhos e catéteres

A luz branca machucava seus olhos, tanto quanto o catéter que atravessava o braço esquerdo, mas o que mais doía não era isso, e sim a imensa solidão que sentia.
O médico já havia passado aquela manhã, mas ele nem se lembrava o que ele tinha falado. Na verdade não importava muito. Morrer ou viver perde a importância, quando você já está um pouco morto.
Lembrava de quando as pessoas o olhavam como se não fosse um objeto de estudo, como se sentissem algo mais que pena. Filhos, parentes, amigos, há muito que deixaram de visitá-lo, o tempo perdeu-se, foi-se, escorregou por entre os dedos e ele nem sabia onde tudo isso tinha ido parar.
Foi quando avistou aquela figura simpática, o avental branco e o estetoscópio pendurado no pescoço faziam um imenso contraste com o nariz redondo e vermelho postiço, os sapatos imensos e a maquiagem. Em um primeiro momento ficou irritado, não era mais criança pra se encantar com palhaços, na verdade nem se lembrava de gostar deles quando era criança. Fechou a cara em uma carranca quando o sujeito se aproximou falando com uma voz feito um general batendo continência. A voz esganiçada fazendo graça pediu que ele aproximasse o nariz da imensa flor no peito e quando ele o fez um jato de água o atingiu em cheio no rosto. Imaginou que ia ficar em fúria, ia explodir, xingar o sujeito de todos os palavrões que pudesse se lembrar, mas ao invés disso, sorriu. E o sorriso lhe pareceu estranho no rosto, deslocado, talvez pelo desuso, talvez por não imaginar que um dia ele pudesse estar ali de novo.
Bem, pelo menos foi assim que soube que aconteceu, e desde então o sujeito volta uma vez por mês, e o hospital volta a existir. Entenda, fisicamente ele sempre está lá, mas só existe de verdade uma vez por mês. No ano, por doze vezes pode-se dizer que há vida sob aquelas paredes e teto.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Invictus

"Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate,
I am the captain of my soul."

"Da noite que me cobre,
Negra como um poço de alto abaixo,
Agradeço quaisquer deuses que existam
Pela minha alma inconquistável.
Na garra cruel da circunstância
Eu não recuei nem gritei.
Sob os golpes do acaso
Minha cabeça está sangrenta, mas erecta.
Além deste lugar de fúria e lágrimas
Só o eminente horror matizado,
E contudo a ameaça dos anos
Encontra e encontrar-me-á, sem temor.
Não importa a estreiteza do portão,
Quão cheio de castigos o pergaminho,
Sou o dono do meu destino
Sou o capitão da minha alma"

William E. Henley (1849 – 1903)

Henley nasceu em uma família muito pobre cujo o pai, vendedor de livros, fazia o possível pra sustentar ele e os seus seis irmãos. Mesmo com muita dificuldade o pai conseguiu enviá-lo a uma escola secundária, que infelizmente não conseguiu concluir por motivos de saúde e financeiros. Aos 16 anos, devido a um bacilo de tuberculose diagnosticado aos 12, Henley teve que amputar a perna esquerda do joelho pra baixo. Levou uma vida turbulenta em função da doença e em 1878 casou-se com Anna Boyle, seu grande amor. A única filha do casal morreu aos 5 anos, de meningite. O poema Invictus foi escrito no hospital, assim como muitos outros.
Não sei vocês, mas quando leio isso penso, se passando por tudo isso, Henley conseguiu escrever algo tão forte e corajoso, que motivos eu teria pra justificar as minhas fraquezas?

terça-feira, 9 de março de 2010

As quatro estações em mim

De março a junho sou outono
Das folhas secas que caem,
Se não quero sorrir, que me deixem em paz
Não vivo sob nenhum jugo, nenhum dono
Vivo sob aquilo que me apraz
O beijo de boa noite e o sono.... ponto

De junho a setembro primavera
Florida e colorida, cheia de vida
Do sorriso no rosto, da palavra engraçada
Da fruta mais madura o doce gosto
Do instante florido minha vida se acalma

De setembro a dezembro sou verão
Quente de desejo, escaldante
Delírio de prazer estonteante
O beijo intenso vivido, o prazer inigualável contido
A insônia, o êxtase delirante

De dezembro a março sou inverno
Da neve que cai na soleira da porta
Da tristeza e do vento frio lá fora
Da indecisão, de não saber o quero
Angústia, tristeza e solidão

Mas não confunda meus cíclos,
Não é algo assim tão específico
Nem tão organizado que se possa rotular
Acordo como inverno
E como verão vou me deitar

Não me rotule, não postule falsos argumentos
Assim eu não agüento, não vivo sobre falsas ideologias
Sou o que sou, cheia ou vazia
Sou tudo numa coisa só, me perco e me encontro todos os dias